Na semana passada Francis Obikwelu, o melhor velocista português de todos os tempos decidiu colocar um ponto final na carreira de alta competição, cumprindo apenas o ano de contrato que o vincula ao Sporting, e como se pode ler aqui, inaugurou uma Fundação com sede em Albufeira e que tem como objectivo apoiar os mais jovens na prática desportiva. Uma atitude louvável.
Muito se falou sobre a sua naturalização, mas Francis já deu mais do que provas dos seus sentimentos por Portugal. Senão vejamos: quando ganhou a medalha de prata no Jogos Olímpicos de Atenas, dedicou essa medalha a todos os deficientes, um gesto que depois os atletas paralímpicos tentaram retribuir; quando em Pequim falhou o acesso à final dos 100 m, teve a humildade de pedir desculpa a todos os portugueses; agora inaugura esta fundação para servir os miúdos.
Apesar de Francis não falar fluentemente a língua de Camões, o que me impressiona mais é que na hora da derrota alguns jornalistas portugueses que faziam a cobertura das olimpíadas, se referiam a Francis como "o atleta nigeriano". Esses mesmos jornalistas são aqueles que gostam de ver a Selecção de futebol recheada de mercenários brasileiros (mesmo que sejam do meu clube).
Recorde-se que Francis chegou a Portugal fugido num campeonato de juvenis, tendo-se refugiado no Algarve aos 16 anos, onde começou a trabalhar nas obras até descobrirem o diamante que ali estava.
Obrigado Francis Obikwelu.
28 de novembro de 2008
21 de novembro de 2008
A cegonha anda aí
18 de novembro de 2008
O outro lado do ensino
Numa altura em que se discute muito o estatuto do aluno e o processo de avaliação dos professores, achei por bem falar de outras coisas, afinal há algo mais do que toda a legislação. É da minha profissão que vou falar.
Tudo isto surgiu de uma conversa que acabei de ter com um antigo aluno (que era considerado um caso perdido - tinha 17 anos no 9º ano) de uma escola de Lisboa,e que agora está prestes a entrar para os quadros da GNR, enquanto continua a tentar completar os estudos durante o período nocturno.
Não sou propriemente um veterano nestas andanças, mas também não comecei propriamente agora e já tive um bom par de alunos.
De há uns ano para cá começo a sentir aquilo que, a minha mãe e a minha avó, também elas professoras, me tinham descrito, a compensação por ter feito algo por alguém, por mais pequena que fosse essa contribuição. Logo que tive ex-alunos a entrar na faculdade, senti que, bem ou mal, tinha feito algo por essa pessoa.
Mas as escolas não são só alunos, tem também os colegas, uns mais velhos que foram autênticos mestres para mim (atenção estou sempre em aprendizagem), e aqueles que nos marcam porque nos apoiam no dia-a-dia e se transformam em amigos também. Felizmente, em quase todas as escolas tenho deixado amigos.
Só quero voltar a encontrar antigos alunos no futuro e ver que felizmente deram um rumo à sua vida e continuar a conhecer pessoas boas.
Esta é a vantagem de um contratado, andar a saltar de escola em escola todos os anos.
16 de novembro de 2008
De volta
Faz aproxidamente agora 4 anos que me iniciei na blogosfera. Durante pouco mais de um ano mantive um blog (e outros projectos que iniciei e acabei durante esse período). Depois foi faltando a inspiração e cada vez se tornava mais penoso para mim escrever. Achei por bem parar, fiz uma pausa e como diz um político da nossa praça "Eu vou andar por aí". Já estive para voltar antes, mas agora volto, sendo certo que apenas manterei o blog enquanto tiver inspiração para tal.
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